Metade do ano: um recomeço profissional e repensando o design

Eis que no auge dos meus 26 anos, formada há 6, comecei a me questionar se queria mesmo continuar trabalhando com web. 12 meses se passaram desde o começo dessa reflexão e ainda não tenho a resposta certa para tal pergunta.

Amo tecnologia, mas também amo o design.

Foto de 2016


No final de 2017 comecei procurar uma pós em design de interiores. Minha ideia inicial com esse curso era apenas passar conteúdo técnico, de valor, para quem lê o blog e assiste os vídeos no canal do YouTube.

Quando comecei a pesquisar o curso, vi que era difícil encontrar um lugar em Curitiba para fazer essa pós em design de interiores. Resolvi então procurar um curso técnico, já que cursar outra graduação era algo que definitivamente eu não queria. O curso técnico que encontrei, enfim, foi o do Centro Europeu.

Analisei com cuidado a grade de matérias do curso, eu tinha objetivos específicos e não queria me dedicar a um curso com uma metodologia atrasada, que não se adaptasse às necessidades digitais que temos hoje. O curso de design de interiores do Centro Europeu contemplou todas essas minhas expectativas.

Ilustrando para o canal

Pois bem, metade do ano letivo se passou e estou até desenhando, as férias de julho estão próximas e ainda não tenho a resposta para meu questionamento: mudo ou não mudo de profissão?

Durante essa trajetória inicial do curso eu percebi que realmente amo decoração e não, não estou falando só de ver qual tapete combina com qual almofada. Eu falo da sensação, quase ancestral, que a decoração pode trazer aos nossos sentidos e sentimentos.

Esse ano li o Sapiens – Uma breve história da Humanidade, de Yuval Harari – que tem o título autoexplicativo – e fiquei bitolada com comportamento do ser humano. Provavelmente falaremos mais sobre isso por aqui (e o livro é recomendadíssimo).

Nos primórdios da humanidade era tudo simples: madeira e fogo para aquecer, palha para dormir com mais conforto, substituição da alimentação crua pela cozida, que iniciou esse ato social que é comer. Nós ainda somos esse sapiens com comportamentos moldados pela evolução, precisamos ouvir mais nosso corpo para viver em harmonia.

Eu acredito que morar em um lugar agradável de se ver e confortável pode sim mudar a vida das pessoas. Hoje as prioridades máximas na sociedade são tecnologia, internet e trabalho, as pessoas precisam de um lugar que vai trazer paz e calmaria, esse lugar tem que ser a casa delas. Pelo amor da deusa! Casa é ninho, é acolhimento, é onde nos sentimos seguros. Porém, continuo achando que muitos anos vão se passar até que todos tenham noção disso.

Conforto e beleza são sempre as últimas opções, já que a prioridade é sempre trabalhar para sobreviver, deixar bonito ainda é frescura, ou melhor, futilidade (claro que aqui falamos de nós, privilegiados que temos essa escolha, jamais me colocaria no lugar de alguém que nem pode pensar nessa opção).

Depois de muito pensar, eu só tenho uma certeza até agora: eu não quero me tornar mais uma pessoa falando de design apenas para quem entende o quanto ele é útil, eu quero falar com todos, principalmente com quem diz que decoração é desnecessária.

Como fazer isso? Eu ainda não sei, mas vou descobrir. Quando tiver alguma resposta (ou mais perguntas), compartilho com vocês.

Um beijo!

 

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